Já que estamos tratando do assunto de perguntas-padrão, vale um destaque: nem sempre o que o avaliador quer saber está no conteúdo da sua resposta: às vezes surgem perguntas com respostas óbvias, sem respostas certas, potencialmente embaraçosas, etc. apenas com o objetivo de provocar e observar a sua atitude: se foge do tema, se encara de frente, se traz uma resposta enlatada, se responde de forma genuína, se vai se expor ou se proteger, etc.
Pode muito bem ser o caso da pergunta do “seu maior defeito” ou “seu ponto fraco”. Saber a resposta até interessa, mas a sua atitude ao receber a pergunta talvez seja um material muito mais rico para o entrevistador avaliar – portanto, responda conscientemente!

Para completar, às vezes a sua resposta virá acompanhada de mais uma ferramenta para gerar constrangimento e observar como você reage: uma encarada silenciosa, em que o entrevistador simplesmente continua olhando para você, sem fazer a próxima pergunta, nem comentar ou dar nenhuma dica visual de que concordou, discordou, espera algo mais, etc.
Trata-se de um teste – ou uma “pegadinha”, e bastante gente cai: ao perceber a situação de stress, assumem que o entrevistador considerou a resposta errada, mentirosa, insuficiente, ridícula ou qualquer outra coisa, e começam a tentar “consertar”, muitas vezes com resultados desastrosos para si mesmo.
A intenção pode ser mesmo intimidar e provocar stress, para ver como o candidato se sai. Se tentarem isso com você, sugiro aguardar também alguns segundos calmamente, e em seguida não afirmar nada, apenas perguntar: “há algo mais que eu possa esclarecer sobre este ponto?” Se o entrevistador continuar em silêncio, simplesmente aguarde silenciosamente também, em atitude respeitosa e séria, prestando atenção a ele,como se estivesse dando a ele tempo para pensar, até que ele perceba que você não se intimidou e nem vai “se entregar”.
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